segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sonha


Prenhe de sonhos, alimentei projectos que não realizei ao permitir que me abortassem os sonhos que um dia sonhei.
Não deixes abortar teus sonhos, não aceites que a inveja de alguém frustre o projecto que fazes para o teu amanhã.
Diz não as palavras negativas que se dirijam contra ti.
Acredita , sonha e faz projectos.
Eu abortei de muitos sonhos , mas voltei a sonhar.
IFEBA
Fados dia 27 de Novembro ( Sexta Feira) às 12:15 e 18:15, hora portuguesa.

sábado, 10 de outubro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pela Vida e pelo amor

Haverá sempre muito para descobrir...
Quer de nós próprios,
Quer dos outros,
Quer do que já fomos,
Quer do que somos,
Quer do que desejamos vir a ser.

Haverá sempre muito para partilhar...
Com quem Amamos,
Com quem procuramos,
Com quem nos escuta,
Com quem nos atura,
Com quem nos preenche,
Com quem tem sempre algo para acrescentar.

Haverá sempre muito para sorrir...
Pela Vida,
Pelo Amor,
Pela Saúde,
Pelo Carinho,
Pela Amizade,
Pelo Cuidado,
Pela Presença constante de um olhar cativante.

Haverá sempre muito a fazer...
Por mim, Por ti,
Por nós,
Pelos outros,
Por todo aquele que busca a felicidade.
Haverá sempre muito a perdoar...
Nas falhas,
Nos erros,
Nas ausências,
Nos gestos,
Nas palavras,
Nas omissões,
Nas atitudes,
Nas decisões que nos limitam a agir.

Haverá sempre muito para aproveitar...
Do tempo,
Da palavra,
Do silêncio,
Da escuta,
Do compromisso,
Da musica,
De tudo o que muitas vezes nem saboreamos.

Haverá sempre muito a respeitar,
A razão,
O espaço,
A idade, O clima,
A inteligência,
O ritmo,
A Fé,
A memória,
O medo mais profundo que nos impede de arriscar.

Obrigado a ti,
por continuares... ...
a descobrir, ...
a partilhar, ...
a sorrir, ...
a fazer, ...
a perdoar, ...
a aproveitar, ...
a respeitar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Foi dia de aniversário

1 De Setembro de 2009.
Neste dia partilhado com as pessoas que me são queridas senti-me imensamente feliz.
Dando graças a DEUS pela confiança que tem depositado dentro do meu coração que me tem feito seguir em frente passei um dia que não vou esquecer.
Deixo aqui um obrigado a quem se lembrou de mim e encheu o meu correio electrónico de e-mail, o meu telemóvel de mensagens de parabéns. Aos que me ligaram, eu já agradeci.
Saúde e felicidades para todos com bênçãos de DEUS.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um dia na Praia da Comporta.

Chegamos bem cedo, eu mais, quatro amigas, mas já se amontoavam as tolhas ao longo da praia e os chapéus-de-sol cobriam todo o areal numa longa extensão, tapando a geleira com alimentos e as bebidas frescos.
Mais além junto ao mar, corpos de todas as idades e tamanhos aguardavam que a água viesse molhar-lhes os pés, para pouco a pouco se envolverem no abraço da onda e mergulhar, nesse imenso mar onde crianças e adultos brincaram ate adormecerem.
Não, havia ondulação e a água quente e pouco profunda, permitindo-nos nadar ao longo da praia, pelo menos a mim que não gosto de me alargar muito.
As minhas amigas também estavam contentes pois, o tempo permitiu-nos passar um dia agradável junto ao mar longe do calor abrasador que fazia na nossa cidade.
Escusado será dizer que me diverti, a chapinhar na água tal como uma adolescente e me permiti sonhar acordada.
É tão bom sonhar, viajar com o pensamento para qualquer lugar no tempo e poder-mos viver a aventura fantástica numa emoção extraordinário dum encontro com a natureza e deixar que ela nos envolva com a sua beleza cheia de amor.

Recordei-me dos tempos da minha infância em que ia com os meus pais juntamente com outras famílias em excursões, passar o dia a praia da Figueira da Foz.
Alugavam-se barracas na praia de cores as riscas onde nós crianças vestiam os fatos de banho feitos pela costureira, com rendas folhos e laços iguais aos dos adultos, de pernas compridas, a tapar-nos até ao pescoço.
Os nossos pais sentavam-se junto a barraca feita com paus e tecido as riscas azuis e branco ou verde e branca que se espalhavam por uma boa parte do areal. Vendo-nos brincar, mostrando as pernas só até ao joelhos, para apanhar sol e ficavam ali junto dos cestos de verga cheios de alimentos, enquanto na areia molhada o garrafãozito forrado de palha com a água-pé, aguardava a hora do almoço. Nós, as crianças desse tempo bebia-mos os pirolitos que tinham como brinde o berlinde e delirava-mos aos gritos cada vez que passava o homem a apregoar a bolacha americana.
Lembram-se?
Já quase ninguém se lembra, são coisas de outros tempos, mas era o ontem da minha vida e também dessa gente, que me tornou na pessoa que hoje sou, inconformada, desiludida com o rumo destes tempos em que o homem esqueceu de sonhar.
Envolta nos meus pensamentos, por momentos achei que Elvas havia mudado o seu lugar, no mapa de Portugal, ao ver-me a cumprimentar as pessoas que passavam a meu lado a beira mar.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

De Frias junto ao mar

É quarta-feira, pulei da cama bem cedo para ver o dia acordar, sentei-me na pequena varanda do quarto virada para o mar e em silêncio sonho aventuras e navego até me perder de mim no horizonte desse imenso mar onde os barcos desaparecem da minha visão.
Chegou uma camioneta cheia de crianças vestidas com bibes da mesma cor e pouco a pouco o silêncio vai sendo cortado por guinchos e gritos alegres, a água a esta hora da manha,está fria mas os pequenos molham os pés sem esperar, os adultos que os acompanham elevam a sua voz sobrepondo-se a todos os sons, cuidados e avisos – anda por creme - espera ai não entrem já para a água - mas eles não esperam e vão gastando a sua voz aos gritos até que termine o recreio das crianças.
Mais além fazem-se exercícios para obter um corpo mais magro mais musculosos e mais belo e mais adiante besuntam com cremes e deitam-se o sol a tostar a pele.
Enquanto os meus olhos percorrem este lugar à beira mar, a areia vai ficando sem espaço para esticar as toalhas. Gente de todas idades vindas de lugares distantes exactamente como eu para ver o mar e mergulhar nas suas águas o corpo quente.

O barulho dos motores, dos barcos de recreio, distrai as crianças das brincadeiras que levantam as cabecitas para vê-los passar e acenam com adeuses felizes e contentes. Também se pode ver o barco de pesca que passa mais ao largo, o barulho dos seus motores é mais tenuo mas faz-nos segui-lo , por algum tempo , enquanto o som suava das ondas a enrolar-se na areia embalam o sono dos corpos deitados ao longo da paria.
Absorvo a paisagem, espreguiço-me radiante e afasto a cadeira da réstia de sol que pousou sobre o meu braço e me lembrou que também tenho que ir até a beira-mar. Eu a e a solidão, decidi-mos passar ferias e vaguearmos juntas, por esse mundo feito de aventuras e sonhos que habita dentro de mim e divertimo-nos no tempo feito de momentos como este.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Recordar é viver

A Oliveira que testemunhou o primeiro beijo, o primeiro bater descompassado de dois corações, as primeiras sensações do toque a despertar uma paixão e a primeira lágrima que caiu cheia de emoção naquela promessa de amor que jamais seria cumprida.

Foi arrancada para lá passar uma estrada e foi levada para outro lugar, onde floresce e da fruto, levou consigo o testemunho de tantos abraços , tantos beijos dos namorados que se escondiam debaixo das suas ramas, permitindo ao luar espreitar por entre as suas ramas.

Passei não a vi, lembrei-me dela naquele lugar, enorme, quase a tocar o chão escondendo algum carro que ali chegara primeiro e que ela parecia abraçar e proteger com a sua ramagem e ser a única testemunha do amor dos amantes que se escondiam naquele lugar.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Coimbra

Coimbra com o seu amado Mondego
Estudantes
As serenatas nas escadas da Sé Velha
Os painéis de azulejos na Rua da Sofia
Universidade
O Penedo da saudade.
Que saudade eu sinto dessa cidade que me viu crescer e de onde parti a mais de 20 anos, que saudades de todos os cantos e recantos que trago na memória dessa cidade.
Marcaste com lembranças a minha história e a dos teus amantes, que se renderam aos teus encantos, em versos de amor escreveram a a história que viveram a teu lado e em serenatas apaixonadas vão cantando as palavras esculpidas no Penedo da Saudade

Coimbra de todos os encantos

terça-feira, 26 de maio de 2009

Agora meu fado é vida

A minha vida era um fumo
De negra roupa trajado
E a dor me assentava bem;
Fado em pedaços partido
Que hoje já não faz sentido
Pois é fado de ninguém
Perdida de amores por ti
Só ao perder-te é que vi
A loucura em que vivia
Vai em paz, toma o teu rumo
Tu eras o negro fumo
Que me cegava e não via
Agora meu fado é vida
Onde a poesia é sentida
E me faz sentir alguém
Fado assim tem mais virtude
Tem outra plenitude
E cantá-lo me faz bem

Este poema foi-me oferecido pela autora:

Rosa Guerreiro Dias

Que eu canto na música do fado Franklin Sextilha.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

CARLOS DO CARMO

Abecedário Fadista

(A) de amor, (B) de belezae (C) curvo de criança,(D) de Deus ou de defesa que com (E) escreve esperançaO (F) vai para o fado,o (G) vai para guitarra,(H) p'ra homem honrado, que ao (I) d' ilusão se agarra,o (J) serve a janela,o (L) serve a Lisboa,(M) de mulher mais bela(N) a meio de canoa(O) de olhar que me fascina,(P) de porta sempre aberta(Q) de quadra, (R) de rima,com (S) a saudade acerta(T) de terra, (U) de universo que uma noutra desanda (V) de viola ou de verso,(X) de xaile e (Z) de zanga. As letras são vinte e três, palavras são vinte e tal, alfabeto português, dum fadista em Portugal

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ary do Santos

(O Senhor)

Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem,
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao mundo!

Ary dos SantosVinte anos de poesia

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DESILUSÃO

Esta dor que me atormenta
Que me causa náuseas e tristeza
Com esta crise tão conveniente
Sinto vergonha de ser portuguesa

Alteraram as leis e mudaram-se regras
Em nome do progresso e da Nação
E o povo que trabalhou a vida inteira
É que sente as dificuldades de não ter pão

Magistrados e governantes
Dão voltas e reviravoltas e tantas coisas que nem sei
Dão tempo ao tempo para que passe
Num Pais sem justiça e sem lei.

Nesta guerra onde o povo e inocente
E que vai servindo de distracção
Prescreve uma burla que rendeu milhões
Enquanto o povo volta à escravidão
Rosamaria

quarta-feira, 1 de abril de 2009

NAQUELE LUGAR

Há se pudesses saber como eu me senti
Na hora em que te vi naquele lugar
Olhei para ti sem te ver
Porque a pessoa que um dia conheci
Não a vi diante do meu olhar.

Mas estavas ali, que eu sei
Porque me vieram contar
foi-me indiferente a tua presença
Nem senti a curiosidade de espreitar.

Falaram-me de ti
Mas acredita que nem sequer liguei
Não dei importância as palavras
Nem ao que me vieram contar

Vim embora sem olhar para trás
Esquecida que estavas naquele lugar
Passei por ti distraída e segui em frente
feliz e com o meu coração em paz
Rosamaria

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Rosas

As rosas do meu jardim
São presentes da natureza
Tem a cor da alegria
E alegram-me na tristeza

São rosas de varias cores
Vermelhas que falam de amor
Brancas que falam de paz
E cheiros agradáveis saem da sua flor

Rosas que dão cor à minha vida
Que alegram os meus sentidos
Rosas que brotam no meu coração
Onde um dia plantaram cardos

Rosamaria

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A PRIMAVERA

Nas planícies alentejanas, aguarda-se a primavera
Ao romper o dia, os primeiros raios de sol
Toca com carícias, os campos
Que, se deslumbram e cobrem de flores
As aves, chegam, em bandos de outras bandas
Em busca de lugares, para fazer os ninhos
Antes ,que o sol aqueça, e as árvores percam a rama

O perfume floral, de essências únicas e inimitáveis
Invadem os ares, do espaço alentejano
Vestindo de cores garridas, as planícies alentejanas
Rendilhados de cores entrelaçados por esses campos
O pólen delicioso atrai abelhas insectos
Que poisando em cada pétala dando a planta
O mais lindo e puro acto de amor fecundo.

Esta próximo o dia porque sol esta mais perto
Mais quente, vibrante, mais amante,
Com os cheiros mais intensos
Fazendo a terra vibrar até sair vida das suas entranhas
O azul torna-se mais forte e faz desaparecer do céu a cor cinzenta
Porque a primavera esta mesma a chegar
E os campos alentejanos estão saudosos a sua espera
Rosamaria

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

HÁ SEMPRE TEMPO PARA SER FELIZ

Quantos sonhos sonhados nesse tempo
Quantas palavras foram escritas nesse dia
Quantos sentimentos desenhados por um desejo
Quantos lágrimas caíram a transbordar de alegria

Quantos ilusões mortas no desespero
Quantos gritos de dor alucinante silenciei
Quanta esperança num sonho funesto
Quantos caminhos perdidos por ele caminhei.

Quantos caminhos desfeitos por amar
Quantos obstáculos de humilhações e desdém
Quantos fazes silenciadas e sorrisos apagados
Quanta sonhos, desejos e projectos vi matar
Rosamaria

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A voz do fado


Estranha forma de vida
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,coração que não comando:vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
Amália Rodrigues